28 de julho de 2011

MORRI















Pisou naquele chao como se tivesse acabado de acordar de um coma profundo, de um pesadelo que parecia eterno. O toque frio das folhas nos seus pes ainda o faz viver um pouquinho de tudo aquilo que nao sai da sua lembranca. Como a insensatez de uma mente solitaria, o vento frio toca sua pele, protegida apenas por aquele fino roupao hospitalar, que nada cobre, que nada aquece; protecao desprotegida de uma vida desinfectada, desinteressante, sem ar, sem sombra, sem nada, simplesmente devastada pelo tempo. A ausencia de consciencia nao lhe permitiu ver seus cabelos se tornarem grisalhos, nem seu sorriso ser congelado, nem sentir o frio do vento que lhe toca na face. Nao ha' nada e nem ninguem, todos se foram e tudo o que lhe restou foi a vaga lembranca de quando deixou de sorrir. Hoje, habitada apenas pelo barulho do vento, e vozes desconhecidas, a lembranca do cheiro da poeira de uma demolicao que parece nao ter fim, sua mente vagueia e nada mais lhe acrescenta, nem as lembrancas de uma vida toda de dedicacao ao proximo, consegue lembrar. Se sente anestesiado. Toca seu corpo e nao sente mais prazer, nem desprazer, sente o ar entrar em seus pulmoes e sair carregando tudo de ruim, limpando seu corpo e seu pensamento e purificando sua alma. Quem esta ai? - pergunta ele, perdido num mar de vozes que parece nao ter fim, num eco de emocoes, de medos e angustias...solidao de uma mente vazia, vagando pelo espaco da inconsciencia pessoal, da morte, da vida, do misto de tudo aquilo que ja nao lhe faz mais chorar!

19 de julho de 2011

QUERO

Nao quero pensar em mais nada
nem administrar a dor da rejeicao
o aperto no peito
por viver algo sozinho...
Sozinho e' chato,
nao da' prazer,
e' egoista!!!

Nao quero mais chorar.
Nao e' justo passar meus dias
enxugando lagrimas amargas,
vendo o rio levar meus dias,
minhas noites,
meus amores!!!

Quero ser muito mais do que simples versos
esquecidos em paginas viradas da sua vida...
Quero ser o poema sincero,
romantico, apaixonado, eterno.

Quero ser muito mais do que pinceladas coloridas;
movimentos de um moinho de emocoes...
Quero percorrer o mundo todo
sentir meu pe' tocando suas areia frias e quentes
e o sol batendo no meu rosto sem protecao...

Porque lagrimas ja nao existem mais.
O que existe e' a certeza de que
o que eu vivi foi sincero
e sera' eterno,
dentro do meu coracao!

5 de julho de 2011

18 ANOS BLUE

Um amigo, Biffulco, acabou de dar a luz seu be'be' blog - o 18 ANOS BLUE em homenagem ao sucesso cantado por Elis, 20 Anos Blue !!!
Fica o convite pra visitarem e lerem um pouquinho do Brasil e um pouquinho da Franca nessa pagina que tem tera' muito a oferecer! Ah sim, ele esta se mudando pra Paris no proximo mes!!!
Oitmo inverno pra todos!!

4 de julho de 2011

MOCHILAO EM SAMPA - TEATRO MUNICIPAL RESTAURADO

O Theatro Municipal de São Paulo nasceu embalando os sonhos de uma cidade que crescia com a indústria e o café e que nada queria dever aos grandes centros culturais do mundo no início do Século XX. Como em 1898 a cidade perdera para um incêndio o Teatro São José, palco das suas principais manifestações artísticas, tornava-se imperativo construir um espaço à altura das grandes companhias estrangeiras. O arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi iniciaram a construção em 1903 e, em 12 de Setembro de 1911, o Theatro Municipal foi aberto ante de uma multidão de 20 mil pessoas, que se acotovelava às suas portas. São Paulo se integrava, então, ao roteiro internacional dos grandes espetáculos. Pelo palco do Theatro Municipal passaram nomes como Maria Callas, Enrico Caruso, Arturo Toscanini, Claudio Arau, Arthur Rubinstein, Ana Pawlova, Nijinsky, Isadora Duncan, Nureyev, Margot Fonteyn, Baryshnikov, Duke Ellington, Ella Fitzgerald. Tantos nomes, tantos espetáculos e ainda o cenário do movimento que promoveu uma grande transformação cultural no Brasil: a "Semana de Arte Moderna de 22". A construção do Theatro Municipal foi considerada arrojada para a época: recebeu influência da Ópera de Paris e sua arquitetura exterior tem traços renascentistas barrocos do século XVII. Em seu interior, muitas obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, paredes decoradas, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores garantem um banquete para os olhos do espectador mais atento. Duas grandes obras marcaram as mudanças e renovações no Theatro: a primeira, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, restaurou o prédio e implementou estruturas e equipamentos mais modernos. Para celebrar o Centenário, em 12 de Setembro de 2011, o Theatro Municipal de São Paulo sofreu a terceira obra, esta bem mais complexa que as demais, por restaurar todo o edifício e modernizar o palco. Para tal, as fachadas e a ala nobre foram restauradas, 14.262 vidros que compõem os conjuntos de vitrais recuperados, as pinturas decorativas resgatadas com base em fotos antigas e o palco foi equipado com os mais modernos mecanismos cênicos. O Theatro Municipal de São Paulo passou de departamento da Secretaria Municipal de Cultura à Fundação pública de Direito público em 27 de maio de 2011, o que confere maior agilidade e autonomia à gestão. O corpo artístico do Theatro Municipal de São Paulo é composto pela Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Coral Paulistano e as Escolas de Dança e de Música de São Paulo.

Parabens Sao Paulo por mais essa conquista!!!
No's, paulistanos, merecemos!!!