26 de outubro de 2011
SONHOS APENAS ADORMECEM
o sinal esta fechado
quero parar,
parar pra pensar
ou parar de pensar
o porque de tudo isso...
o vento que te leva
e nada deixa no lugar!
a espera e' longa
os pensamentos me deixam
nas nuvens,
Paris se aproxima
Nova Yorque, cansei de ti!
avisto o Monte Fuji,
sinto o frescor das cataratas do Iguacu
e vejo uma miragem no Egito
mas do carro nunca sai'!
me amedronta a rapidez de um segundo
num tempo que parece nao passar,
os quarenta se aproximam
os trinta nao sei onde foram parar!
o sonho se distancia...
dificuldade no ar,
mas por Deus ?
por Ele
nada e' impossivel!!!
23 de setembro de 2011
NAO ME DEIXE SO'
purifica minha alma, junta os cacos,
que partiram dessa vida
sem amor.
quieto, mudo,
nao tem ninguem.
Te resgato de um coma tao profundo
em que ouves simplesmente,
nao te escuto,
nu oculto
pobre vida,
nada alem.
Eu procuro um verso a ti
lindo poema,
que desperte minha alma tao pequena,
nesse frio um simples toque
eterno amor.
Paraliza meus sentidos, meus ouvidos
vibracao de sua voz, nenhum gemido
seu olhar, muito carinho,
por favor.
22 de setembro de 2011
PRIMAVERA 2011
a cromoterapia das flores,
das cores.
E meu desejo
aos amigos, de coracao,
e' que abram seus olhos
e seus sentidos para a beleza
da primavera que vem chegando!!!
Que cada cor e cada perfume
renovem suas almas,
alimentem seus espiritos
e lhe tragam energia
para enfrentarem
cada etapa de suas vidas.
Que a forca das flores
que ao inverno sobreviveram
lhes sirvam de inspiracao
para admirarem e lutarem
por um pai's melhor!
Nada e' eterno,
Nada e' pra sempre!
Mudamos quando queremos mudar.
Melhoramos quando encaramos nossas dores
e as transformamos em flores no nosso jardim,
perfumando nossas vidas,
colorindo a de nossos amigos
e mostrando para no's mesmos
que somos Senhores de nosso destino!!!
E nada melhor do que das as boas vindas a esta linda Estacao
do que passear na Feira de flores do CEAGESP.
Estacao flores.
Estacao cores
e perfumes!
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.
18 de setembro de 2011
MEU TEMOR
26 de agosto de 2011
AMIGOS - V. MORAIS
Tenho amigos que não sabem o
quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes
devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais
nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela
se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme,
que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar,
embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria
se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem
o quanto são meus amigos e o quanto
minha vida depende de suas existências ....
A alguns deles não procuro, basta-me
saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir
em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com
assiduidade, não posso lhes dizer o
quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão ouvindo esta crônica
e não sabem que estão incluídos na
sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta
que os adoro, embora não declare e
não os procure.
E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem
noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis
ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte
do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do
meu encanto pela vida.
Se um deles morrer,
eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam,
eu rezo pela vida deles.
E me envergonho,
porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos
sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de
lugares maravilhosos, cai-me alguma
lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome
e me envelhece é que a
roda furiosa da vida não me permite
ter sempre ao meu lado, morando
comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e,
principalmente os que só desconfiam
ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
24 de agosto de 2011
LUTA
18 de agosto de 2011
QUANDO ME VE

10 de agosto de 2011
ETERNA MENTE FRIA
